O
período de 1500 a 1530 ficou conhecido como pré-colonial, os portugueses
tomaram posse das terras em parte do litoral brasileiro. Mas a ausência de produtos
para o comércio e o fato de não terem encontrado ouro ou outros metais
preciosos provocaram um abandono inicial do território, visto que os
portugueses concentraram suas atividades no comércio com o Oriente. O
território brasileiro era então utilizado apenas como área de extração do
pau-brasil, após tentativas de invasão por parte dos navegadores franceses, a
coroa portuguesa percebeu que era preciso iniciar um projeto colonial para
garantir a posse desse território.
Para tornar a colônia portuguesa na América uma área lucrativa, os
portugueses resolveram investir no plantio de cana-de-açúcar, pois era uma
cultura já conhecida pelos portugueses, que realizavam seu plantio nas ilhas
que dominavam, havia também um mercado consumidor do açúcar em expansão na
Europa, pois esse era um artigo de luxo muito apreciado pelas elites europeias,
contavam também com os holandeses, que eram os principais financiadores da
produção.
Durante a
colonização do Brasil, destacaram-se a formação de famílias patriarcais e a
ascensão do poder local dos senhores de engenho, estruturas culturais e sociais
que serviram de base à sociedade brasileira durante séculos. A família
patriarcal era uma instituição hierárquica, tradicionalista, que restringia a
mobilidade social. Era composta pelo senhor, sua esposa e seus filhos, além de
grande número de agregados e escravos. Os senhores de engenho, que formavam a
elite colonial, estavam no topo da pirâmide social e controlavam a política
municipal por intermédio das câmaras municipais. A difusão do catolicismo foi um aspecto muito
importante, pois a concepção de que os negros não
possuíam alma e poderiam ser escravizados possibilitou a livre difusão de
religiões africanas entre essa população.
A sociedade brasileira no período colonial era estratificada e
hierarquizada,
profundamente marcada pela autoridade masculina, tanto no ambiente público
quanto no espaço doméstico. As mulheres das classes altas eram incumbidas da
criação dos filhos e da organização da casa. As mulheres livres
pobres também tinham essas incumbências, mas muitas também trabalhavam na
lavoura ou na cidade para ajudar no sustento das famílias. Já as escravas se
dedicavam ao trabalho doméstico na casa-grande, fazendo trabalhos na cozinha,
na arrumação e ajudando a criar os filhos das sinhás. Muitas também acabavam
sendo abusadas sexualmente pelos senhores de engenho e podiam se tornar
concubinas.
Na sociedade colonial havia basicamente três
classes sociais: senhores de engenhos, trabalhadores pobres livres e escravos. A
autoridade era exercida pelos senhores dos engenhos, que formavam a classe
dominante e possuíam a autoridade sobre todos aqueles instalados em suas terras.
As famílias eram numerosas e patriarcais, ou seja, o senhor era o homem mais
velho e sob sua autoridade estavam sua esposa, filhos, genros, noras, irmãos, cunhados,
sobrinhos, netos e agregados.
O Tribunal do Santo Ofício era controlado
pela coroa, inquiria os suspeitos de heresias e de atentar contra a fé, a
Inquisição no Brasil atuou por meio de visitações, em que eram detidos judeus,
mulheres e sodomitas, os quais eram julgados em Portugal.
Constituímos-nos
para fornecer açúcar, tabaco, e alguns outros gêneros, mais tarde, ouro e
diamantes, depois algodão, e em seguida café, para o comércio europeu, nesse
contexto a descoberta de grandes reservas de ouro no século XVIII dinamizou a
vida na colônia, de modo suficiente para pôr fim à sua dependência econômica. No
período colonial no Brasil, a economia constituiu- -se a partir de um caráter
de dependência do mercado externo, onde prevaleceu uma produção baseada no
latifúndio monocultor. Assim, a formação do Brasil está ligada ao trabalho para
produzir gêneros para a exportação, sendo que toda a base de sua economia era
organizada a partir das determinações da metrópole.
A
grande diferença entre a sociedade europeia e a indígena aqui no Brasil é o destino
(mentalidade) dado ao produto do trabalho nos seus sistemas culturais, enquanto
o indígena é subsistente, o europeu é o colonizador capitalista, explorar pelo
lucro.
Entre
1580 e 1640, o Reino de Castela dominou Portugal, formando a União Ibérica. A
dificuldade em controlar tamanho território resultou em lutas separatistas,
como a Inconfidência Mineira e a Revolução Farroupilha.
Revoltas nativistas
no Brasil colonial foram revoltas regionais ocorridas a partir do final do
século XVII, motivadas por questões econômicas. Não questionavam a autoridade
da coroa, mas algumas medidas aplicadas pelo pacto colonial. Caracterizaram-se
por defender interesses dos principais setores das sociedades locais.
Destacaram-se algumas: aclamação de Amador Bueno em São Paulo (1641), Revolta
de Beckman no Maranhão (1684), Guerra dos Emboabas em Minas Gerais (1709-1710),
Guerra dos Mascates em Pernambuco (1709-1710), Revolta de Vila Rica ou Filipe
dos Santos em Minas Gerais (1720).
Emboaba
é um nome indígena que significa “o estrangeiro”, atribuído aos forasteiros
pelos paulistas, primeiros povoadores da região das minas. Com a descoberta do
ouro em fins do século XVII, milhares de pessoas da colônia e da metrópole
vieram para as minas, causando grandes tumultos. Formaram-se duas facções,
paulistas e emboabas, que disputavam o governo do território, tentando impor as
próprias leis. A monarquia portuguesa administrava territórios distintos e
vários sujeitos sociais, muitos deles em disputa entre si, como paulistas e
emboabas, ambos súditos da coroa.
O
tropeirismo foi responsável, durante mais de um século, por abastecer a área
mineradora e outras da Região Sudeste de tropas muares vindas do Sul, pois eram
conjuntos de peões que transportavam mercadorias e animais, fazendo a ligação
entre diversas regiões no Brasil setentrional.
Quilombo era uma comunidade
organizada de forma semelhante às sociedades tribais africanas da época, mesmo
abrigando brancos pobres e índios.
Estudar também Carta
de doação e Carta Foral.
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