ROMA ANTIGA
*A origem de Roma, segundo a
lenda
A princesa de Alba Longa apaixonou-se por Marte, deus da guerra e teve
filhos gêmeos, o tio das crianças, Amúlio colocou os bebês em um cesto e mandou
que os atirassem no rio. O cesto encalhou em um lugar chamado Monte Palatino,
onde uma loba os encontrou e os amamentou como se fosse seus filhos. Tempos
depois os bebês foram encontrados por um pastor que os nomeou de Romulo e Remo.
Ao se tornarem adultos e saberem da história, Romulo e Remo agora
adultos retornaram à Alba Longa, lutaram contra o tio, e devolveram o trono da
cidade ao avô, que lhes deu a permissão para que fundassem uma cidade, então no
ano de 753 a.C. no Monte Palatino os irmão fundaram Roma, em homenagem à
Romulo, em seguida os irmãos se desentenderam e Romulo é o vencedor matando seu
irmão Remo, assim se tornou o primeiro rei de Roma.
*A fundação de Roma
Para os historiadores a origem de Roma
não é tão certa, mas sabe-se que
por volta do século X a.C. a Península Itálica era habitada pelos latinos,
acredita-se que no século VIII a.C. os latinos uniram-se e fundaram a cidade de
Roma.
*Divisão dos períodos
históricos da Roma antiga
Monarquia – 753 a.C. à 509
a.C.
República – 509 a.C. à 27
a.C.
Império – 27 a.C. à 395
d.C. (Divisão do Império) e 476 d.C. (queda do Império Romano do Ocidente)
*A sociedade no tempo da
Monarquia
Patrícios – descendentes
das famílias mais antigas da cidade, donos das melhores terras, e os únicos a
possuir direitos políticos
Plebeus – maioria da
população, eram pequenos agricultores, artesãos ou mercadores.
Clientes – pessoas pobres
em geral, prestavam todo tipo de serviços aos patrícios em troca de comida,
roupa, moradia e proteção.
Escravizados – haviam três
formas de se tornar escravo na Roma antiga: prisioneiros de guerra, pessoas que
não conseguiam saldar suas dívidas, e condenados pela justiça.
* A política no tempo da
Monarquia
O rei era a maior autoridade, mas não governava sozinho. Além dele
havia o Senado, formado pelos chefes das principais famílias patrícias, e uma
Assembleia, composta por soldados com até 45 anos. Além disso o cargo de rei
não passava de pai para filho, no entanto quando um rei morria o Senado
escolhia o sucessor, e a Assembleia se manifestava contra ou a favor, portanto
o rei tinha poderes limitados
A República
* A sociedade no tempo da
República
Governada por magistrados, auxiliada pelo Senado, e pelas Assembleias.
Magistrados: cônsules, pretores, censores, questores, edis, e ditador
Senado: 300 membros vitalícios, todos patrícios
Assembleias: Assembleia das tribos, assembleia centuriata, e
assembleia da plebe
* As lutas sociais – as
conquistas dos plebeus
Tribunato da Plebe (494 a.C.) – Direito de eleger um tribuno da plebe,
poder de anular leis contrárias aos plebeus.
Lei das Doze Tábuas (450 a.C.) – As primeiras leis escritas de Roma.
Lei Canuleia (445 a.C.) – Permitia o casamento entre patrícios e
plebeus.
Leis Licínias-Séxtias (367 a.C.) – determinava que um dos cônsules
tinha que ser plebeu, e cancelava a divida que os plebeus tinham com os
patrícios.
* Roma conquista a Itália e,
depois, o mundo
Uma nova estratégia usada pelos romanos era transformar os povos
vencidos em aliados, com isso iam engrossando suas tropas, as terras
conquistadas em convertidas em “terra pública”, esse fato ocorreu entre os
século V e III a.C., outra potência daquele período era Cartago, com quem Roma
travou três guerras, que ficaram conhecidas como guerras púnicas (264 a 146
a.C.), e foram vencidas pelos romanos.
No século I a.C. comandados por Júlio Cesar, completaram a conquista
da Gália, invadiram o Egito e o norte da África, assim se tornaram os senhores
do Mar Mediterrâneo, muitas mudanças ocorreram, podemos citar:
- O enriquecimento do Estado.
-O fortalecimento dos cavaleiros.
-O aumento do escravismo
- As terras concentradas nas mãos de poucos
* Espártaco: a resistência à
escravidão
Várias revoltas de escravos ocorreram, mas a maior delas ocorreu em
Cápua no ano de 73 a.C., liderada por Espártaco, seu exército chegou a ter
aproximadamente 100 mil homens, e chegou a dominar a parte sul da Itália. Em 71
a.C os exércitos romanos conseguiram vencer, Espártaco e cerca de 6 mil
seguidores foram presos, crucificados e expostos.
* A luta pela terra
Em 133 a.C., o tribuno da plebe, Tibério Graco, propôs uma reforma
agrária, que limitava o tamanho da terra que um indivíduo podia ter, os camponeses
apoiaram, mas os ricos receberam mal a ideia, com isso em uma Assembleia
tumultuada Tibério foi assassinado.
Em 123 a.C. Caio Graco (irmão de Tibério) deu continuidade a reforma,
além de conseguir aprovar duas importantes leis: uma que estendia a cidadania
romana a alguns povos aliados, e outra que obrigava o governo a pagar o
equipamento dos soldados que iam para a guerra, somando muitos inimigos
poderosos Caio pede que um escravo o mate.
* Júlio Cesar contra o Senado
Júlio Cesar uniu-se com Pompeu e Crasso formando o Primeiro
Triunvirato, acordo pelo qual se comprometiam se unir para controlar o poder em
Roma, com a morte de Crasso Pompeu e Júlio Cesar passam a guerrear, até a
vitória de Júlio Cesar, que passa a ter o poder de Roma, os senadores acusaram
Cesar de querer implantar uma república, com isso o assassinaram em 44 a.C..
* Otávio e o Império
Com a morte de César , formou-se o Segundo Triunvirato com: Otávio,
Marco Antônio e Lépido, que imediatamente passam a guerrear entre si pela
disputa do poder. A vitória coube a Otávio, que em 27 a.C. pressionou o senado
a lhe dar diversos títulos, entre eles, o de Príncipe, o de Augusto (venerado),
e o de Imperador. Dessa forma, a República chega ao fim e tem início o Império.
O IMPÉRIO ROMANO
* O governo do imperador Otávio
Augusto
Assim que estabelecido o novo regime político em Roma: o Império,
Otávio Augusto promoveu uma série de reformas:
- definiu os limites do Império Romano
- distribuiu terras aos seus soldados
- confiou a administração de algumas províncias aos senadores
- modernizou a cidade de Roma
Com essas reformas Roma entra em um longo período de estabilidade, que
ficou conhecida por Pax Romana que durou cerca de 200 anos. A máxima extensão
do Império se deu no governo de Trajano, a estabilidade favoreceu o crescimento
da economia e a expansão do comércio.
* Diversão e lazer no Império
Romano
Os principais espações de diversão do Império eram os anfiteatros e o
circos.
Anfiteatros: ocorriam lutas entre os gladiadores, e destes com as
feras famintas, quando um tombasse cabia ao povo decidir se o derrotado seria
executado, ou se continuasse vivo.
Circos: realizavam-se corridas com carros puxados por cavalos, ou dois
ou quatro, os corredores eram escravos e homens livres.
Os espetáculos começavam de manhã e se estendiam pelo dia inteiro, com
entradas gratuitas e financiado pelos políticos.
* Habitações romanas
Pobres: moravam em prédios de habitação com quatro o u cinco andares,
onde viviam muitas pessoas, as condições eram precárias, e não possuíam
banheiros internos.
Ricos: moravam em casa luxuosas e confortáveis, com várias salas e
jardins, geralmenteas paredes eram decoradas com pinturas.
* Namoro e casamento
Pobres: os casal se unia com o objetivo de se ajudar na luta pela sobrevivência,
a diferença de idade era mínima.
Ricos: A jovem casava-se com a idade entre 12 e 15 anos, seu marido
tinha em média 35 anos, a menina não tinha liberdade de escolha, o pai que
escolhia o noivo, a importância era a posição social e a riqueza da família.
* A religião romana
Acreditavam em divindades que moravam nas matas, nas árvores, na rochas...
no contato com a cultura grega, assimilaram seus deuses e deram nomes latinos a
eles, Zeus virou Júpter, Hera virou Juno, Ares virou Marte...
* Direitos romanos
A palavra “justiça” é de origem romana, na república os plebeus
exigiram leis escritas, para se defenderem dos patrícios, e foi criada as Leis
das Doze Tábuas, com o tempo os juristas romanos foram criando dezenas de
outras leis, que servem de base para códigos civis até hoje, alguns princípios
do Direito Romano:
- ninguém sofrerá penalidade pelo que pensa
- nada que não se permita ao acusado deve ser permitido ao acusador
- o encargo da prova fica com aquele que acusa e não com o acusado
-na aplicação de penalidades, contam a idade e a inexperiência da
parte culpada
* Jesus e o cristianismo
A principal fonte de estudos sobre a vida de Jesus Cristo são os evangelhos,
livros (novo testamento) escritos por seus seguidores por volta de 70 d.C.. Aos
30 anos começou a percorrer as aldeias e cidades da Palestina pregando o amor a
Deus e ao próximo, humildade e a igualdade entre as pessoas, acusado de pregar
contra as autoridades romanas, foi condenado à morte na cruz.
* A perseguição aos cristãos
Conforme o cristianismo se expandia, as autoridades romanas passaram a
persegui-lo, para fugir, os cristãos se reuniam nas catacumbas (galerias
subterrâneas), continuando a crescer o cristianismos, cresceu também a perseguição,
sendo ordenada a morte de cristãos e a destruição de suas igrejas.
Posteriormente, observando a força da religião, decidiram aliar-se a eles, em
313 d.C. Constantino concedeu liberdade de culto aos cristãos, por meio do
Édito de Milão, em 391 d.C. Teodósio transformou o cristianismo em religião
oficial do Império Romano.