domingo, 9 de março de 2014

Resumo para P1 8º Ano

REVOLUÇÕES E NOVOS IDEAIS:VITÓRIAS DA BURGUESIA
ASCESÃO DA BURGUESIA E REVOLUÇÃO INGLESA

PONTO DE PARTIDA

Antes de iniciar a falar sobre a ascensão da burguesia temos que observar que antes da Idade Moderna (período Medieval) nobres e clero possuíam o monopólio na cultura e nas armas.

CENTRALIZAÇÃO DO PODER REAL

Reis de Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Holanda investem em frotas marítimas a fim de conquistar novas terras e reservas de metais preciosos. Surge uma nova classe poderosa, a burguesia mercantil que visava a rápida ascensão social.

LONGA VIDA E TODO PODER AO REI

Entre os séculos XIV e XVI surgem os Estados Nacionais (países governados por um rei, depois do fracasso da igreja católica de unificar o continente sobre teu comando), assim o rei detinha todos os poderes: elaborava leis, aplicava justiça, controlava atividades econômicas, surgindo assim a Monarquia Absolutista.
Para não haver desobediência os reis criaram o direito divino dos reis, onde diziam que o rei era o escolhido de Deus para governar, assim quem rejeitar, duvidar ou questionar estará assim fazendo com Deus.
Nesse momento a burguesia ajuda no processo de ascensão do rei e não é incluso na participação do poder político. Agora após o absolutismo a classe burguesa deixa de ser pequenos comerciantes, soma-se banqueiros e grandes comerciantes.
Aqui ainda a sociedade continua dividida em três ordens ou estados: Clero, nobreza e burguesia (servos, camponeses, artesãos e trabalhadores urbanos), esse último obrigado a pagar impostos para manter o luxo das duas primeiras.

ORIGEM DAS REVOLUÇÕES BURGUESAS

A burguesia não formava um grupo com interesses comuns, mas algumas idéias começam a ser difundidas:
- Luta pelo direito a propriedade privada, que não deveria ser confiscada;
- Defesa da liberdade de comércio com o mínimo de interferência do governo;
- Maior participação nas tomadas da decisões;
- Difusão de pensamentos baseados na racionalidade (combater o poder da igreja).
Na Inglaterra interesses burgueses em comum levam a confrontar seus principais adversários (Nobreza e clero), levando a uma longa guerra civil. Burgueses investem no aumento da produtividade, levando a organização das primeiras manufaturas, surgindo posteriormente as fábricas, novas tecnologias e formações sociais.
Na França pensadores passam a defender novas idéias vinculados aos interesses burgueses, no fim do século XVIII uma revolução popular coloca fim ao que restava do feudalismo, assim a burguesia toma controle da sociedade.

REVOLUÇÕES NA INGLATERRA

REVOLUÇÃO INGLESA

A Inglaterra é o primeiro país a implantar o parlamentarismo, pois a ascensão da burguesia põe fim ao absolutismo.

INGLATERRA – FORMAÇÃO POLÍTICA DIFERENTE

Para compreendermos a formação política precisamos voltar no início do século XIII, na Inglaterra a monarquia feudal caminhou por um processo inverso dos demais países da Europa, quando o rei aos poucos perdia o poder para os senhores feudais, em 1215 o rei João Sem Terra toma decisões erradas, compreendidas assim pelos nobres, os mesmos impõe a carta Magna, limitando a autoridade do monarca. Então após o século XIV o poder passa ao parlamento, formado pela Câmara dos Lordes (Nobres e Clero) e Câmara dos Comuns (membros eleitos pelo povo, cada um representando um distrito eleitoral).

LEITURA DE DOCUMENTO
CARTA MAGNA

Documento que limitou os poderes do rei e fixou o direito dos vassalos, também estabeleceu os privilégios dos senhores feudais e dos príncipes da igreja.

ABSOLUTISMO NA INGLATERRA

No século XVI temos a ascensão da dinastia Tudor e o retorno do absolutismo, seus maiores representantes são Henrique VIII e Elizabeth I, nesses governos a Inglaterra passa por um significativo desenvolvimento econômico.
Henrique VIII rompe com a igreja católica criando a igreja anglicana, onde era o chefe.
Elizabeth I sua sucessora confirma o anglicanismo e reduz ainda mais a força do parlamento.
Nesse período a burguesia inglesa conquista maior importância econômica e o capitalismo chega na área rural.

O CERCAMENTO DOS CAMPOS COMUNS E OS “CARNEIROS COMEDORES DE GENTE”

Durante o feudalismo a terra era um bem comum, onde camponeses trabalhavam para manter os feudos, mas a partir do século XVI a terra passa a ser vista como bem de produção, forma de obter lucro e acumular riquezas. Então gentry (senhores feudais) e yomen (pequenos e médios proprietários) passaram a cercar suas terras e impedir que os camponeses plantassem e criassem animais para consumo próprio, tudo com aval do rei.
Impedidos de plantar, camponeses se submetem ao trabalho nas manufaturas, com baixos salários.
“Os carneiros se tornam comedores de gente” essa expressão ficou conhecida entre os séculos XVII e XVIII porque nas terras em que antes camponeses plantavam para sobreviver, hoje haviam carneiros, assim camponeses padeciam na miséria e os grandes proprietários enriqueciam.

SUCESSÃO DE ELIZABETH I E INÍCIO DOS CONFLITOS

Elizabeth I falece em 1603 sem deixar herdeiros. Com isso Jaime I que já era rei da Escócia e é o parente mais próximo de Elizabeth I assume o trono inglês, colocando fim a dinastia Tudor e iniciando a dinastia Stuart.
Jaime I persegue o parlamento e as religiões não anglicanas (católicos e presbiterianos), em 1625 falece, seu sucessor é teu filho Carlos I que fecha o parlamento por aproximadamente quinze anos e governa com absolutismo.

GUERRA CIVIL INGLESA

Carlos I adotou uma política ofensiva contra o calvinismo (presbiterianos e puritanos, esses principalmente escoceses, influenciados por idéias nacionalistas rejeitam a influência de Roma e do Papa em sua fé, assim voltam-se contra o rei).
Em abril de 1640 Carlos I convoca o parlamento a fim de combater os rebeldes, o parlamento prefere discutir os abusos cometidos pelo monarca em seu governo, o parlamento organiza seu exército com o objetivo de impedir que Carlos I retomasse o poder.
O rei foge e reúne suas tropas em Notthingham, ao seu lado ficam: senhores feudais, alta nobreza, grandes comerciantes e proprietários de terras, pois o absolutismo os favoreciam, do outro lado (parlamento) estavam os grupos que exigiam maior participação política: burgueses, artesãos, camponeses e médios fazendeiros.
Após diversos conflitos o parlamento sai vitorioso, o rei é preso e julgado culpado por traição, assim condenado a execução. No ano seguinte é decapitado no palácio de Whitehall.
Nasce a República Puritana.

REPÚBLICA PURITANA

Após a morte do rei Carlos I, Oliver Cromwell passa a ser o chefe do exército do parlamento, implanta um regime ditatorial onde quem não obedecesse suas ordens seria preso, dissolve o parlamento e proclama-se Lorde Protetor do Reino Unido da Grã Betanha.
Com apoio da burguesia (beneficiados por Cromwell) se mantém no poder, utilizando as forças do exército para reprimir os que iam contra ele.
O Ato de Navegação é um exemplo de benefício aos burgueses, pois favorecia a marinha inglesa militar e comercialmente, onde todos produtos que entravam ou saiam da Inglaterra deveria ser transportados por navios ingleses, ou pelo país de origem do produto, gerando assim muita riqueza e barrando o avanço de seu maior concorrente naval (Holanda).
Irlanda, País de Gales e Escócia passam a se opor a Cromwell. A tradição católica irlandesa se choca com o autoritarismo puritano. Cromwell massacra a Irlanda com teu exército e distribui terras católicas a protestantes escoceses, resultando em diversos confrontos entre católicos e protestantes.
Ainda na Inglaterra grupos que não recebiam benefícios formaram grupos (niveladores e escavadores) exigindo distribuição de terra e igualdade social, mas Cromwell esmaga os grupos.

REVOLUÇÃO GLORIOSA

Cromwell morre em 1658 e seu filho Richard é seu sucessor, membros do parlamento se organizam e restabelecem a monarquia em 1660 coroando Carlos II filho do rei decapitado, mas divergências entre monarca e parlamento continuam.
Carlos II morre em 1665 e seu irmão Jaime II torna-se rei, pretendia restabelecer o catolicismo e o absolutismo no país. Logo o parlamento organiza o exercito para deter Jaime II, que temendo ser decapitado foge para França.
Parlamentares escolhem seu genro Guilherme III, um nobre holandês protestante, esse episódio fica conhecido por Revolução Gloriosa, quando não há derramamento de sangue.
Guilherme III assina a Declaração de Direitos, documento que põe fim ao absolutismo e amplia os poderes do parlamento, estando assim instaurada a monarquia constitucional (hoje, monarquia parlamentar).

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

AVANÇOS TCNOLÓGICOS

A Revolução Industrial altera radicalmente a forma de produção a partir da segunda metade do século XVIII. Sendo responsável por substituir as manufaturas pelas máquinas, energia humana por outras fontes (vapor, hidráulica, fóssil – petróleo), sistema de produção doméstico pelo fabril ou industrial. Transformando a economia e a forma de pensar na sociedade.

DO ARTESANATO A MANUFATURA

Até então os artesãos detinham o monopólio da transformação de matérias primas em produtos, havia também a produção doméstica. Produtos mais elaborados eram feitos por artesãos especializados em suas oficinas auxiliados por aprendizes.

LEITURA DE DOCUMENTO

Com o passar do tempo burgueses passam a executar compras e vendas de mercadorias, artesãos agora tinham somente a responsabilidade de produzir, passando a ser assalariados, trabalhando em espaços específicos para a manufatura, onde os patrões eram os donos das ferramentas e instalações, comandando a produção (após século XVII), aos poucos o processo foi dividido por partes, com o tempo artesãos que detinha o conhecimento do processo todo fora substituído por trabalhadores que sabiam executar apenas um tipo de tarefa, contudo o artesanato aos poucos é substituído pela manufatura.

SISTEMA FABRIL

O interesse burguês era controlar e acelerar o processo de produção, criam o sistema fábrica, onde funcionários entravam nos galpões e  encontravam instalações e ferramentas organizadas, cada um com seu espaço e função. As máquinas passam a ser referência para a organização do trabalho.

LEITURA DE DOCUMENTO

Em 1776 Adam Smith (economista) defendia a divisão do trabalho, dizendo que beneficiava a economia do país, pois produzia-se mais em menos tempo.

REVOLUÇÃO DO VAPOR


No século XVII o mecânico inglês Thomas Savery constrói a bomba de água movida a força do vapor. Já no século XVIII o cientista escocês James Watt adapta a energia a vapor para as máquinas utilizadas nas fábricas de tecido, substituindo os esforços braçais e aumentando a produção.