segunda-feira, 23 de novembro de 2015

ROMA ANTIGA

ROMA ANTIGA

*A origem de Roma, segundo a lenda

A princesa de Alba Longa apaixonou-se por Marte, deus da guerra e teve filhos gêmeos, o tio das crianças, Amúlio colocou os bebês em um cesto e mandou que os atirassem no rio. O cesto encalhou em um lugar chamado Monte Palatino, onde uma loba os encontrou e os amamentou como se fosse seus filhos. Tempos depois os bebês foram encontrados por um pastor que os nomeou de Romulo e Remo.
Ao se tornarem adultos e saberem da história, Romulo e Remo agora adultos retornaram à Alba Longa, lutaram contra o tio, e devolveram o trono da cidade ao avô, que lhes deu a permissão para que fundassem uma cidade, então no ano de 753 a.C. no Monte Palatino os irmão fundaram Roma, em homenagem à Romulo, em seguida os irmãos se desentenderam e Romulo é o vencedor matando seu irmão Remo, assim se tornou o primeiro rei de Roma.

*A fundação de Roma

Para os historiadores a origem de Roma  não é tão certa, mas  sabe-se que por volta do século X a.C. a Península Itálica era habitada pelos latinos, acredita-se que no século VIII a.C. os latinos uniram-se e fundaram a cidade de Roma.

*Divisão dos períodos históricos da Roma antiga

Monarquia – 753 a.C. à 509 a.C.
República – 509 a.C. à 27 a.C.
Império – 27 a.C. à 395 d.C. (Divisão do Império) e 476 d.C. (queda do Império Romano do Ocidente)

*A sociedade no tempo da Monarquia

Patrícios – descendentes das famílias mais antigas da cidade, donos das melhores terras, e os únicos a possuir direitos políticos
Plebeus – maioria da população, eram pequenos agricultores, artesãos ou mercadores.
Clientes – pessoas pobres em geral, prestavam todo tipo de serviços aos patrícios em troca de comida, roupa, moradia e proteção.
Escravizados – haviam três formas de se tornar escravo na Roma antiga: prisioneiros de guerra, pessoas que não conseguiam saldar suas dívidas, e condenados pela justiça.

* A política no tempo da Monarquia

O rei era a maior autoridade, mas não governava sozinho. Além dele havia o Senado, formado pelos chefes das principais famílias patrícias, e uma Assembleia, composta por soldados com até 45 anos. Além disso o cargo de rei não passava de pai para filho, no entanto quando um rei morria o Senado escolhia o sucessor, e a Assembleia se manifestava contra ou a favor, portanto o rei tinha poderes limitados
A República

* A sociedade no tempo da República

Governada por magistrados, auxiliada pelo Senado, e pelas Assembleias.

Magistrados: cônsules, pretores, censores, questores, edis, e ditador
Senado: 300 membros vitalícios, todos patrícios
Assembleias: Assembleia das tribos, assembleia centuriata, e assembleia da plebe

* As lutas sociais – as conquistas dos plebeus

Tribunato da Plebe (494 a.C.) – Direito de eleger um tribuno da plebe, poder de anular leis contrárias aos plebeus.
Lei das Doze Tábuas (450 a.C.) – As primeiras leis escritas de Roma.
Lei Canuleia (445 a.C.) – Permitia o casamento entre patrícios e plebeus.
Leis Licínias-Séxtias (367 a.C.) – determinava que um dos cônsules tinha que ser plebeu, e cancelava a divida que os plebeus tinham com os patrícios.

* Roma conquista a Itália e, depois, o mundo

Uma nova estratégia usada pelos romanos era transformar os povos vencidos em aliados, com isso iam engrossando suas tropas, as terras conquistadas em convertidas em “terra pública”, esse fato ocorreu entre os século V e III a.C., outra potência daquele período era Cartago, com quem Roma travou três guerras, que ficaram conhecidas como guerras púnicas (264 a 146 a.C.), e foram vencidas pelos romanos.
No século I a.C. comandados por Júlio Cesar, completaram a conquista da Gália, invadiram o Egito e o norte da África, assim se tornaram os senhores do Mar Mediterrâneo, muitas mudanças ocorreram, podemos citar:

- O enriquecimento do Estado.
-O fortalecimento dos cavaleiros.
-O aumento do escravismo
- As terras concentradas nas mãos de poucos

* Espártaco: a resistência à escravidão

Várias revoltas de escravos ocorreram, mas a maior delas ocorreu em Cápua no ano de 73 a.C., liderada por Espártaco, seu exército chegou a ter aproximadamente 100 mil homens, e chegou a dominar a parte sul da Itália. Em 71 a.C os exércitos romanos conseguiram vencer, Espártaco e cerca de 6 mil seguidores foram presos, crucificados e expostos.

* A luta pela terra

Em 133 a.C., o tribuno da plebe, Tibério Graco, propôs uma reforma agrária, que limitava o tamanho da terra que um indivíduo podia ter, os camponeses apoiaram, mas os ricos receberam mal a ideia, com isso em uma Assembleia tumultuada Tibério foi assassinado.
Em 123 a.C. Caio Graco (irmão de Tibério) deu continuidade a reforma, além de conseguir aprovar duas importantes leis: uma que estendia a cidadania romana a alguns povos aliados, e outra que obrigava o governo a pagar o equipamento dos soldados que iam para a guerra, somando muitos inimigos poderosos Caio pede que um escravo o mate.

* Júlio Cesar contra o Senado

Júlio Cesar uniu-se com Pompeu e Crasso formando o Primeiro Triunvirato, acordo pelo qual se comprometiam se unir para controlar o poder em Roma, com a morte de Crasso Pompeu e Júlio Cesar passam a guerrear, até a vitória de Júlio Cesar, que passa a ter o poder de Roma, os senadores acusaram Cesar de querer implantar uma república, com isso o assassinaram em 44 a.C..

* Otávio e o Império

Com a morte de César , formou-se o Segundo Triunvirato com: Otávio, Marco Antônio e Lépido, que imediatamente passam a guerrear entre si pela disputa do poder. A vitória coube a Otávio, que em 27 a.C. pressionou o senado a lhe dar diversos títulos, entre eles, o de Príncipe, o de Augusto (venerado), e o de Imperador. Dessa forma, a República chega ao fim e tem início o Império.

O IMPÉRIO ROMANO

* O governo do imperador Otávio Augusto

Assim que estabelecido o novo regime político em Roma: o Império, Otávio Augusto promoveu uma série de reformas:
- definiu os limites do Império Romano
- distribuiu terras aos seus soldados
- confiou a administração de algumas províncias aos senadores
- modernizou a cidade de Roma
Com essas reformas Roma entra em um longo período de estabilidade, que ficou conhecida por Pax Romana que durou cerca de 200 anos. A máxima extensão do Império se deu no governo de Trajano, a estabilidade favoreceu o crescimento da economia e a expansão do comércio.

* Diversão e lazer no Império Romano

Os principais espações de diversão do Império eram os anfiteatros e o circos.
Anfiteatros: ocorriam lutas entre os gladiadores, e destes com as feras famintas, quando um tombasse cabia ao povo decidir se o derrotado seria executado, ou se continuasse vivo.
Circos: realizavam-se corridas com carros puxados por cavalos, ou dois ou quatro, os corredores eram escravos e homens livres.
Os espetáculos começavam de manhã e se estendiam pelo dia inteiro, com entradas gratuitas e financiado pelos políticos.

* Habitações romanas

Pobres: moravam em prédios de habitação com quatro o u cinco andares, onde viviam muitas pessoas, as condições eram precárias, e não possuíam banheiros internos.
Ricos: moravam em casa luxuosas e confortáveis, com várias salas e jardins, geralmenteas paredes eram decoradas com pinturas.

* Namoro e casamento

Pobres: os casal se unia com o objetivo de se ajudar na luta pela sobrevivência, a diferença de idade era mínima.
Ricos: A jovem casava-se com a idade entre 12 e 15 anos, seu marido tinha em média 35 anos, a menina não tinha liberdade de escolha, o pai que escolhia o noivo, a importância era a posição social e a riqueza da família.

* A religião romana

Acreditavam em divindades que moravam nas matas, nas árvores, na rochas... no contato com a cultura grega, assimilaram seus deuses e deram nomes latinos a eles, Zeus virou Júpter, Hera virou Juno, Ares virou Marte...

* Direitos romanos

A palavra “justiça” é de origem romana, na república os plebeus exigiram leis escritas, para se defenderem dos patrícios, e foi criada as Leis das Doze Tábuas, com o tempo os juristas romanos foram criando dezenas de outras leis, que servem de base para códigos civis até hoje, alguns princípios do Direito Romano:
- ninguém sofrerá penalidade pelo que pensa
- nada que não se permita ao acusado deve ser permitido ao acusador
- o encargo da prova fica com aquele que acusa e não com o acusado
-na aplicação de penalidades, contam a idade e a inexperiência da parte culpada

* Jesus e o cristianismo

A principal fonte de estudos sobre a vida de Jesus Cristo são os evangelhos, livros (novo testamento) escritos por seus seguidores por volta de 70 d.C.. Aos 30 anos começou a percorrer as aldeias e cidades da Palestina pregando o amor a Deus e ao próximo, humildade e a igualdade entre as pessoas, acusado de pregar contra as autoridades romanas, foi condenado à morte na cruz.

* A perseguição aos cristãos


Conforme o cristianismo se expandia, as autoridades romanas passaram a persegui-lo, para fugir, os cristãos se reuniam nas catacumbas (galerias subterrâneas), continuando a crescer o cristianismos, cresceu também a perseguição, sendo ordenada a morte de cristãos e a destruição de suas igrejas. Posteriormente, observando a força da religião, decidiram aliar-se a eles, em 313 d.C. Constantino concedeu liberdade de culto aos cristãos, por meio do Édito de Milão, em 391 d.C. Teodósio transformou o cristianismo em religião oficial do Império Romano.