segunda-feira, 23 de novembro de 2015

ROMA ANTIGA

ROMA ANTIGA

*A origem de Roma, segundo a lenda

A princesa de Alba Longa apaixonou-se por Marte, deus da guerra e teve filhos gêmeos, o tio das crianças, Amúlio colocou os bebês em um cesto e mandou que os atirassem no rio. O cesto encalhou em um lugar chamado Monte Palatino, onde uma loba os encontrou e os amamentou como se fosse seus filhos. Tempos depois os bebês foram encontrados por um pastor que os nomeou de Romulo e Remo.
Ao se tornarem adultos e saberem da história, Romulo e Remo agora adultos retornaram à Alba Longa, lutaram contra o tio, e devolveram o trono da cidade ao avô, que lhes deu a permissão para que fundassem uma cidade, então no ano de 753 a.C. no Monte Palatino os irmão fundaram Roma, em homenagem à Romulo, em seguida os irmãos se desentenderam e Romulo é o vencedor matando seu irmão Remo, assim se tornou o primeiro rei de Roma.

*A fundação de Roma

Para os historiadores a origem de Roma  não é tão certa, mas  sabe-se que por volta do século X a.C. a Península Itálica era habitada pelos latinos, acredita-se que no século VIII a.C. os latinos uniram-se e fundaram a cidade de Roma.

*Divisão dos períodos históricos da Roma antiga

Monarquia – 753 a.C. à 509 a.C.
República – 509 a.C. à 27 a.C.
Império – 27 a.C. à 395 d.C. (Divisão do Império) e 476 d.C. (queda do Império Romano do Ocidente)

*A sociedade no tempo da Monarquia

Patrícios – descendentes das famílias mais antigas da cidade, donos das melhores terras, e os únicos a possuir direitos políticos
Plebeus – maioria da população, eram pequenos agricultores, artesãos ou mercadores.
Clientes – pessoas pobres em geral, prestavam todo tipo de serviços aos patrícios em troca de comida, roupa, moradia e proteção.
Escravizados – haviam três formas de se tornar escravo na Roma antiga: prisioneiros de guerra, pessoas que não conseguiam saldar suas dívidas, e condenados pela justiça.

* A política no tempo da Monarquia

O rei era a maior autoridade, mas não governava sozinho. Além dele havia o Senado, formado pelos chefes das principais famílias patrícias, e uma Assembleia, composta por soldados com até 45 anos. Além disso o cargo de rei não passava de pai para filho, no entanto quando um rei morria o Senado escolhia o sucessor, e a Assembleia se manifestava contra ou a favor, portanto o rei tinha poderes limitados
A República

* A sociedade no tempo da República

Governada por magistrados, auxiliada pelo Senado, e pelas Assembleias.

Magistrados: cônsules, pretores, censores, questores, edis, e ditador
Senado: 300 membros vitalícios, todos patrícios
Assembleias: Assembleia das tribos, assembleia centuriata, e assembleia da plebe

* As lutas sociais – as conquistas dos plebeus

Tribunato da Plebe (494 a.C.) – Direito de eleger um tribuno da plebe, poder de anular leis contrárias aos plebeus.
Lei das Doze Tábuas (450 a.C.) – As primeiras leis escritas de Roma.
Lei Canuleia (445 a.C.) – Permitia o casamento entre patrícios e plebeus.
Leis Licínias-Séxtias (367 a.C.) – determinava que um dos cônsules tinha que ser plebeu, e cancelava a divida que os plebeus tinham com os patrícios.

* Roma conquista a Itália e, depois, o mundo

Uma nova estratégia usada pelos romanos era transformar os povos vencidos em aliados, com isso iam engrossando suas tropas, as terras conquistadas em convertidas em “terra pública”, esse fato ocorreu entre os século V e III a.C., outra potência daquele período era Cartago, com quem Roma travou três guerras, que ficaram conhecidas como guerras púnicas (264 a 146 a.C.), e foram vencidas pelos romanos.
No século I a.C. comandados por Júlio Cesar, completaram a conquista da Gália, invadiram o Egito e o norte da África, assim se tornaram os senhores do Mar Mediterrâneo, muitas mudanças ocorreram, podemos citar:

- O enriquecimento do Estado.
-O fortalecimento dos cavaleiros.
-O aumento do escravismo
- As terras concentradas nas mãos de poucos

* Espártaco: a resistência à escravidão

Várias revoltas de escravos ocorreram, mas a maior delas ocorreu em Cápua no ano de 73 a.C., liderada por Espártaco, seu exército chegou a ter aproximadamente 100 mil homens, e chegou a dominar a parte sul da Itália. Em 71 a.C os exércitos romanos conseguiram vencer, Espártaco e cerca de 6 mil seguidores foram presos, crucificados e expostos.

* A luta pela terra

Em 133 a.C., o tribuno da plebe, Tibério Graco, propôs uma reforma agrária, que limitava o tamanho da terra que um indivíduo podia ter, os camponeses apoiaram, mas os ricos receberam mal a ideia, com isso em uma Assembleia tumultuada Tibério foi assassinado.
Em 123 a.C. Caio Graco (irmão de Tibério) deu continuidade a reforma, além de conseguir aprovar duas importantes leis: uma que estendia a cidadania romana a alguns povos aliados, e outra que obrigava o governo a pagar o equipamento dos soldados que iam para a guerra, somando muitos inimigos poderosos Caio pede que um escravo o mate.

* Júlio Cesar contra o Senado

Júlio Cesar uniu-se com Pompeu e Crasso formando o Primeiro Triunvirato, acordo pelo qual se comprometiam se unir para controlar o poder em Roma, com a morte de Crasso Pompeu e Júlio Cesar passam a guerrear, até a vitória de Júlio Cesar, que passa a ter o poder de Roma, os senadores acusaram Cesar de querer implantar uma república, com isso o assassinaram em 44 a.C..

* Otávio e o Império

Com a morte de César , formou-se o Segundo Triunvirato com: Otávio, Marco Antônio e Lépido, que imediatamente passam a guerrear entre si pela disputa do poder. A vitória coube a Otávio, que em 27 a.C. pressionou o senado a lhe dar diversos títulos, entre eles, o de Príncipe, o de Augusto (venerado), e o de Imperador. Dessa forma, a República chega ao fim e tem início o Império.

O IMPÉRIO ROMANO

* O governo do imperador Otávio Augusto

Assim que estabelecido o novo regime político em Roma: o Império, Otávio Augusto promoveu uma série de reformas:
- definiu os limites do Império Romano
- distribuiu terras aos seus soldados
- confiou a administração de algumas províncias aos senadores
- modernizou a cidade de Roma
Com essas reformas Roma entra em um longo período de estabilidade, que ficou conhecida por Pax Romana que durou cerca de 200 anos. A máxima extensão do Império se deu no governo de Trajano, a estabilidade favoreceu o crescimento da economia e a expansão do comércio.

* Diversão e lazer no Império Romano

Os principais espações de diversão do Império eram os anfiteatros e o circos.
Anfiteatros: ocorriam lutas entre os gladiadores, e destes com as feras famintas, quando um tombasse cabia ao povo decidir se o derrotado seria executado, ou se continuasse vivo.
Circos: realizavam-se corridas com carros puxados por cavalos, ou dois ou quatro, os corredores eram escravos e homens livres.
Os espetáculos começavam de manhã e se estendiam pelo dia inteiro, com entradas gratuitas e financiado pelos políticos.

* Habitações romanas

Pobres: moravam em prédios de habitação com quatro o u cinco andares, onde viviam muitas pessoas, as condições eram precárias, e não possuíam banheiros internos.
Ricos: moravam em casa luxuosas e confortáveis, com várias salas e jardins, geralmenteas paredes eram decoradas com pinturas.

* Namoro e casamento

Pobres: os casal se unia com o objetivo de se ajudar na luta pela sobrevivência, a diferença de idade era mínima.
Ricos: A jovem casava-se com a idade entre 12 e 15 anos, seu marido tinha em média 35 anos, a menina não tinha liberdade de escolha, o pai que escolhia o noivo, a importância era a posição social e a riqueza da família.

* A religião romana

Acreditavam em divindades que moravam nas matas, nas árvores, na rochas... no contato com a cultura grega, assimilaram seus deuses e deram nomes latinos a eles, Zeus virou Júpter, Hera virou Juno, Ares virou Marte...

* Direitos romanos

A palavra “justiça” é de origem romana, na república os plebeus exigiram leis escritas, para se defenderem dos patrícios, e foi criada as Leis das Doze Tábuas, com o tempo os juristas romanos foram criando dezenas de outras leis, que servem de base para códigos civis até hoje, alguns princípios do Direito Romano:
- ninguém sofrerá penalidade pelo que pensa
- nada que não se permita ao acusado deve ser permitido ao acusador
- o encargo da prova fica com aquele que acusa e não com o acusado
-na aplicação de penalidades, contam a idade e a inexperiência da parte culpada

* Jesus e o cristianismo

A principal fonte de estudos sobre a vida de Jesus Cristo são os evangelhos, livros (novo testamento) escritos por seus seguidores por volta de 70 d.C.. Aos 30 anos começou a percorrer as aldeias e cidades da Palestina pregando o amor a Deus e ao próximo, humildade e a igualdade entre as pessoas, acusado de pregar contra as autoridades romanas, foi condenado à morte na cruz.

* A perseguição aos cristãos


Conforme o cristianismo se expandia, as autoridades romanas passaram a persegui-lo, para fugir, os cristãos se reuniam nas catacumbas (galerias subterrâneas), continuando a crescer o cristianismos, cresceu também a perseguição, sendo ordenada a morte de cristãos e a destruição de suas igrejas. Posteriormente, observando a força da religião, decidiram aliar-se a eles, em 313 d.C. Constantino concedeu liberdade de culto aos cristãos, por meio do Édito de Milão, em 391 d.C. Teodósio transformou o cristianismo em religião oficial do Império Romano.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Atividades do 7º Ano para o segundo trimestre

1 - Durante o período que conhecemos por Idade Média, na Europa, a população era majoritariamente rural e o poder estava diluído entre os senhores feudais. Enquanto isso, a China:

a) tinha o poder centralizado nas mãos do imperador e suas cidades se desenvolviam em função do comércio.
b) tinha quase toda a sua população concentrada nas cidades e já não praticava mais a agricultura.
c) tinha o Hinduísmo como religião oficial e não incentivava o comércio exterior.
d) cobiçava os territórios europeus, avançando com exércitos poderosíssimos na conquista da Alemanha e da França.
e) se fechava ao comércio exterior, concentrando todas as suas forças na agricultura de gêneros como o arroz e na produção da seda.

2 - Compare a Europa medieval à China dos Tang nos aspectos político, religioso e urbano.

3 - Os principais produtos chineses exportados para a Europa durante a Idade Média eram:

a) o café e a pólvora.
b) o arroz e o chá.
c) a seda e a porcelana.
d) o trigo e as frutas exóticas.
e) a carne de porco e a seda.

4 - Assinale certo ou errado.

(   ) Com o exército organizado e poderoso, o Império Chinês expandiu suas fronteiras conquistando terras, sempre por meio de acordos.
(   ) A China dos Tang foi uma das maiores potências nos séculos VII e VIII.
(   ) A expansão chinesa em direção a oeste foi detida pelos árabes muçulmanos na Batalha de Talas, em 751.
(   ) Durante a dinastia Tang, a China sofreu forte influência da cultura hebraica e da cultura egípcia.

5 – Assinale a alternativa incorreta.

a) os tártaros invadiram a China em 1127 e tomaram a parte norte do país, obrigando os Song a mudar sua capital;
b) os mongóis, liderados por Gêngis Khan, também invadiram a China, mas foram derrotados pela resistência chinesa;
c) Marco Polo, por meio de seu Livro das maravilhas, apresentou a China aos europeus.
d) até então, os contatos entre europeus e chineses eram raros em virtude da enorme distância que os separava e das dificuldades de comunicação;
e) a bússola e a pólvora são invenções chinesas, que tornaram as viagens de longa distância mais seguras.

6 - Aponte três fatores que colaboraram para o revigoramento do comércio e das cidades.

7 - Sobre as feiras medievais, assinale o que for correto e incorreto.

( ) As feiras medievais duravam de 15 a 60 dias.
(   ) As feiras aconteciam durante o ano todo e reuniam comerciantes de uma só região.
(   ) Para comparecera uma feira, o comerciante tinha de ter a moeda do local, para não correr o risco de ficar sem vender sua produção.
(   ) Nessas feiras surgiram os cambistas, que faziam o câmbio (a troca) do dinheiro; como eles colocavam a moeda sobre os bancos de madeira, foram chamados de banqueiros.
(   ) Os banqueiros daquela época não praticavam empréstimos a juros.

8 - A respeito da Igreja no período medieval, assinale V, para as alternativas verdadeiras, ou F, para as falsas.

(  ) A força da Igreja no período medieval se devia, sobretudo, à sua organização e riqueza.
(  ) Havia uma hierarquia no interior da igreja, sendo o posto mais alto o do papa; em seguida vinham os bispos e, abaixo deles, os padres e os párocos.
(  ) A maior parte da riqueza da Igreja vinha das doações de terras e dinheiro que recebia dos fiéis.
(  ) Apesar de sua importância na sociedade da época, a Igreja não se livrou dos altos impostos cobrados pelos senhores feudais.
(  ) No período medieval, a Igreja era a maior proprietária de terras da Europa ocidental.

9 - Sobre as principais Cruzadas, faça o que se pede.

a) Complete os grupos que participaram das Cruzadas com seus respectivos interesses.

Pessoas comuns_________________________________________________

Nobres_________________________________________________________

Mercadores_____________________________________________________

Dirigentes da Igreja


b) Justifique a afirmação: “Ao final das Cruzadas, o mundo já não era mais o mesmo”.

10. A partir do renascimento comercial e urbano na Baixa Idade Média, a burguesia mercantil se desenvolveu e se tornou cada vez mais rica. Por outro lado, parte da velha nobreza atravessava dificuldades econômicas, mas ainda tinha seu status social conservado. Ambos passaram a precisar cada vez mais do rei: a burguesia, para conseguir melhoras nas condições de comércio, e a nobreza, para conservar sua posição. Com isso o poder real se fortaleceu. Estamos falando:

a) do processo que levou à formação dos Estados Nacionais na Europa.
b) do progresso das Cruzadas, que se beneficiaram com a aliança entre nobreza e burguesia.
c) da decadência das monarquias absolutistas.
d) da consolidação do capitalismo, que no fim do século XV se tornaria dominante na Europa.
e) da expansão do Islamismo através das redes comerciais.

11. Sobre as cidades medievais, assinale a alternativa incorreta e corrija-a em seguida.

a) O aumento do comércio e do artesanato promoveu a partir do século XI o surgimento de novas cidades.
b) Desde os primeiros séculos da Idade Média, as cidades eram os principais centros de produção, superando o campo, que só se destacou no cenário europeu a partir do século XI.
c) Em muitas cidades medievais, as pessoas precisavam, para trabalhar, pertencer a uma corporação de ofício, associação de profissionais do mesmo ramo de atividade.
d) Uma das mais importantes corporações de comerciantes foi a Liga Hanseática, que chegou a dominar o norte europeu.
e) Cada corporação estabelecia regras para o ingresso na profissão e controlava preços, a qualidade e a quantidade do que ia ser produzido.

12. Com base nos estudos feitos sobre o fortalecimento do poder real, aponte os interesses de cada grupo social no fortalecimento do poder real.

- Leia as afirmativas, assinale certo ou errado.

13. O sistema monárquico emerge de um contexto em que o sistema feudal entrava em crise e por isso obteve o apoio tanto do grupo social em crise, a nobreza, quanto do grupo social em ascensão, a burguesia.
(    ) certo (    ) errado

14. Na condição de Monarquia, sempre houve um absolutismo. Isso significa que os reis, de maneira geral, apoiaram sempre a nobreza em detrimento da classe burguesa; por isso, ocorreram tantas revoluções contra esse sistema.
(    ) certo (    ) errado


15. O rei João sem Terra foi obrigado pela nobreza a assinar a Carta Magna em 1215. O que diz esse documento?

16. Entre os séculos XI e XV, Inglaterra, França, Portugal e Espanha passaram por um processo de formação dos Estados Nacionais, a partir do fortalecimento do poder dos monarcas e da centralização administrativa e política. Apesar dos processos terem sido diferentes em cada um dos lugares, podemos apontar como consequências:

a) a melhor distribuição de poder entre os súditos e a formação dos exércitos eclesiásticos que surgiram com as Cruzadas.
b) a criação de moedas, até então inexistentes, a centralização da cobrança de impostos e o enfraquecimento da Igreja.
c) a centralização da cobrança de impostos, o fim dos direitos feudais e a ascensão dos exércitos mercenários.
d) o estabelecimento de uma moeda única em cada um dos estados, a centralização da cobrança de impostos e a criação e fortalecimento dos exércitos nacionais.
e) o fortalecimento da Igreja em relação aos monarcas, o fim do sistema feudal de propriedade de terras e o avanço do escravismo.

17. Ao estudarmos o mercantilismo destacamos alguns princípios básicos, entre os quais citamos: metalismo, balança comercial favorável, protecionismo e todo comércio colonial deve ser monopólio da metrópole. Escolha uma das opções anteriores e explique-a.

18. Na Idade Média, a instituição mais poderosa foi a igreja católica. Ela tinha grande prestígio, apresentando-se como intermediária entre Deus e os homens. Durante a Idade Média as pessoas não tinham liberdade para fazerem ou pensarem por conta própria, uma vez que a Igreja Cristã dominava a cultura e até a forma como as pessoas pensavam.

Explique como era a situação social da Europa medieval, que permitia à Igreja ter tanto poder sobre as pessoas nesse período.

19. A igreja católica nunca foi unânime: havia, em seu interior, situações e ideias que não estavam de acordo com os dogmas estabelecidos.
Escreva que nome recebia uma ideia que não seguia os ensinamentos oficiais da Igreja.

20. O período conhecido por Idade Média abrangeu quase mil anos. A forma de o homem viver passou por muitas transformações. A Idade Média foi caracterizada pela valorização da fé. Em nome dela, a Europa mergulhou num dos mais significativos combates da História, as Cruzadas. No século XI, o Papa Urbano II convocou os cristãos de todo o mundo para uma grande missão, a qual ficou conhecida por Cruzada. Explique o que foram as cruzadas e apresente o fato que levou o papa a convocá-las.


21. As expedições militares e as Cruzadas tornaram-se excelentes formas de aliviar a tensão social da nobreza medieval. Além dos nobres e dos cavaleiros, uma boa parcela da população participou das Cruzadas. O que motivou a população a participar?

Atividades do 6º Ano para o segundo trimestre

1 - Sobre os povos da Mesopotâmia, não é possível afirmar que:

a) apesar de ter havido a predominância de um povo em determinado momento, grande parte dos povos que ocuparam a região conviveu mutuamente durante um longo período.
b) os babilônicos instituíram o primeiro império na região, formando um Estado unificado, e, sob o comando de Hamurabi, estabeleceram o primeiro código de leis escritas.
c) as sociedades mesopotâmicas estavam divididas em camadas sociais, com reis, chefes militares e sacerdotes ocupando os postos mais elevados e trabalhadores, os postos mais baixos.
d) apesar de diferentes povos se sucederem no domínio da região, podemos observar a permanência de aspectos culturais e político-administrativos.
e) todos os povos compartilhavam o mesmo sistema de escrita, criado para relatar os grandes feitos dos reis e escrever poemas épicos e heroicos.

2 - Analise as sentenças abaixo sobre os assírios e, em seguida, assinale (C) quando a alternativa estiver correta e (E) quando estiver errada.

(  ) Os assírios formaram um dos impérios mais extensos que abrangia a Síria, a Fenícia, a Palestina e o Egito.
(  ) Os assírios ficaram conhecidos pela maneira generosa com que tratavam os povos vencidos.
(  ) Os assírios desenvolveram armas eficientes de guerra e justificavam que a guerra e a escravização dos povos era para contentar Assur, seu principal deus.
(  ) O império Assírio durou pouco tempo em virtude das revoltas dos povos conquistados.
(   ) Os assírios tratavam os povos vencidos com crueldade, com o objetivo de desencorajá-los a resistir.

3 - Com base em leituras e estudos já realizados, a Antiga Mesopotâmia corresponde a que país da atualidade?


4 - No Egito antigo, os escribas ocupavam postos elevados na hierarquia social. Qual era o papel da escrita na sociedade egípcia?

5 - Leia o texto com atenção e em seguida responda ao que se pede:

O Abecê da escrita

[....]
A escrita é [...] uma invenção decisiva para a história da humanidade. Ela é a representação do pensamento e da linguagem humana por meio de símbolos. Um meio durável e privilegiado de comunicação entre as pessoas. Por meio de registros escritos há milhares de anos, ficamos sabendo como era a vida e a organização social de povos que viveram muito antes de nós. A invenção não surgiu por acaso, mas como consequência das mudanças profundas nas sociedades durante o período do surgimento das primeiras cidades.
[...]
Os mais antigos testemunhos escritos encontrados são provenientes da região da Mesopotâmia (atual Iraque), feitos 3.300 anos antes de Cristo. Os sumérios, que habitavam a Mesopotâmia (povos que viveram antes dos assírios e babilônios na mesma região), desenvolveram a escrita cuneiforme. O termo vem de cunha, que era uma pequena ferramenta de entalhe, a "caneta" daquele tempo, que gravava símbolos em plaquinhas de cerâmica. Com ela, não era preciso ser um grande desenhista para compor todos os caracteres.
[....]
Disponível em: <http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=911&sid=7>. Acesso em: 05 de novembro de 2013.

a)    Qual o assunto do texto?

b)    Grife o trecho do texto que comprova a importância da escrita na história da humanidade.

c)    De acordo com o texto, em que região foram encontrados os registros mais antigos de escrita?

d) Qual a origem do termo cuneiforme?

6 - Sobre a formação do Império Egípcio, assinale (C) para as sentenças corretas e (E) para as incorretas.

(  ) A formação dos nomos está relacionada ao estabelecimento de alianças e a
luta por terras férteis.
( ) Os administradores dos nomos eram chamados de faraós.
(  ) A disputa entre os nomos levou a formação de dois reinos: Alto Egito e
Baixo Egito.
(   ) Menés foi responsável pela unificação dos reinos do Alto e do Baixo Egito e tornou-se o primeiro faraó.
(    ) A primeira capital do Império Egípcio foi o Cairo.

- Leia o texto a seguir sobre a Núbia e sua relação com o Egito e responda as questões 7,  8 e 9

Herança egípcia

[...] Estabelecido por volta de 2500 a.C., o império de Kush era reconhecido pelo antigo Egito e pelos textos bíblicos. [...]

Por quase um século, os kushitas governaram seu vizinho do norte, o Egito. Conhecidos também como “faraós negros”, os soberanos da Núbia contribuíram muito para a civilização egípcia. Arqueólogos encontraram evidências de que os faraós de Kush, que representam a 25ª dinastia no poder do Egito, mandaram construir e restaurar muitos monumentos dos dois reinos. Algumas representações, principalmente as dos faraós, mostram novas formas originadas da mistura da cultura dos dois povos.

7. O Egito dominou e influenciou o Reinado de Kush. Com base no texto é possível dizer que o país também foi dominado e influenciado por ele? Exemplifique.


8. Quem eram os faraós da 25ª dinastia reinante no Egito?

9. O que a arqueologia informa sobre o reinado dos faraós negros?

10. Qual é o nome do importante rio da região do Saara que possibilitou, ao norte, o surgimento de importantes rotas comerciais no mar Mediterrâneo no IV milênio a.C.?

a) Rio da Babilônia.
b) Rio do Faraó.
c) Rio Nilo.
d) Rio do Saara.
e) Rio do Norte.

11. Quais eram as regiões ligadas pelo rio Nilo que constituíam um importante vale que favoreceu o florescimento e o desenvolvimento de um grande império de quase cinco mil anos?

a) Região da Núbia e do Mediterrâneo.
b) Região do Nilo e do Báltico.
c) Região do Tigre e do Eufrates.
d) Região do Egito e da Núbia.
e) Região do Atlântico com o Mediterrâneo.

- Dentro das características do Reino Kush estudados dois aspectos que são bem diferentes dos costumes dos demais reinos foram apresentados, a forma como escolhiam seus reis e a relação da mulher na política. Com base em seu conhecimento explique as questões 12 e 13.

12. A escolha do rei.

13. Candace, a mulher política.

14. Analise as sentenças abaixo, que tratam de economia e da sociedade cuxita, e assinale (C) para a sentenças corretas e (e) para as erradas.

(   ) Durante o período em que a capital dos cuxitas era Napata a principal atividade econômica era o comércio.
(   ) Para retirar a água do Nilo, os cuxitas desenvolveram um dispositivo movido por animais conhecido como Saqia.
(  ) O solo cuxita era rico em metais como ouro, ferro e pedras preciosas, como o rubi.
(   ) apesar de Kush ser rico em ouro e pedras preciosas, seu artesanato era pouco desenvolvido.
(   ) Os cuxitas não mantiveram relações comerciais com outras regiões.

15. As pirâmides da região de Gizé são importantes obras de arquitetura e de engenharia do Mundo Antigo. Milhares de pessoas, materiais e recursos foram aplicados na construção dessas maravilhas humanas. Em qual país essas gigantescas e faraônicas realizações do Mundo Antigo se localizam?

a) Eritreia.
b) Sudão.
c) Grécia.
d) Egito.
e) Somália.


16. Assinale a alternativa que apresenta afirmações incorretas sobre algumas das sociedades africanas antigas:

a) Os egípcios desenvolveram sua sociedade às margens do rio Nilo, sendo grandes construtores. Desenvolveram um sistema de escrita utilizado, principalmente, para fins religiosos e para o controle da produção. Na sociedade, dividida em camadas sociais, o faraó e sua família ocupavam as camadas mais elevadas, e os artesãos, os camponeses e os escravos, a camada mais baixa.
b) Os cuxitas mantiveram intensa relação comercial com os egípcios e foram fortemente influenciados por esse povo. Destaca-se entre os cuxitas o papel das mulheres no cenário político.
c) O reino de Axum era uma grande potência comercial, exportando trigo, cevada e marfim e importando grande quantidade de vidro, tecido e metal.
d) Todos os povos da África Antiga possuíam as mesmas características, compartilhando os mesmos traços culturais, políticos e econômicos. Desenvolveram uma arquitetura rudimentar, e a religião ocupava um papel secundário nas sociedades.
e) Em muitas sociedades africanas antigas, era comum o trabalho de fundição de metais. Em algumas delas, o uso do metal para a produção de instrumentos de trabalho e de guerra se deu a partir de invasões de povos do Oriente Médio, mas muitas desenvolveram a metalurgia de forma independente.

- O período pré-histórico teve fim com a invenção da escrita. A partir desse momento, que não foi igual para todos os povos, em várias partes do planeta grupos de pessoas começaram a se juntar, dando início às primeiras cidades e, consequentemente, às primeiras civilizações. A região em que surgiram algumas das primeiras civilizações ganhou o nome de Crescente Fértil.
O Crescente Fértil foi um lugar em forma de Lua crescente no qual se desenvolveram algumas das mais importantes civilizações da Antiguidade.

17. Indique quais eram os três lugares que faziam parte do Crescente Fértil.

18. Uma característica comum a dois dos lugares que formavam o Crescente Fértil era a existência de grandes rios que sofriam um processo de cheias anuais e fertilizavam o solo. Escreva o nome de cada lugar que possuía rio em que acontecia o processo de cheias localizado no Crescente Fértil e, ao lado, escreva o nome do(s) rio(s) que banhava(m) a região.

- Em diversas regiões do Brasil, quando chove muito as pessoas não ficam felizes como acontecia nas civilizações existentes no Crescente Fértil. Atualmente, mesmo nas grandes cidades, as pessoas têm muito medo das chuvas e das possíveis cheias dos rios.

19. Explique por que as chuvas e cheias dos rios provocam essa reação nas pessoas na atualidade, apresentando dois argumentos em sua resposta.

20. Os habitantes do Egito antigo e da Mesopotâmia esperavam ansiosamente pelas enchentes dos rios. Ao contrário de hoje em dia, o medo deles era de que as enchentes não ocorressem. Justifique por que esses povos esperavam que houvesse as cheias dos rios.

21. Assinale a única resposta correta de cada questão a seguir sobre a religião dos mesopotâmicos é correto afirmar que:

(       )  eram monoteístas e seu deus tinha a forma de homem e de animal.
     )  eram politeístas e não acreditavam na vida após a morte.
(       )  eram monoteístas e seu deus tinha a forma humana.
(       )  não tinham deuses.
(       )  eram politeístas e seus deuses tinham a forma de animais.



segunda-feira, 13 de abril de 2015

Esquema de estudos para o 3º ano

Para compreendermos a Era Vargas é necessário entendermos as transformações ocorridas na política a partir dos anos 20, onde há um boom na cultura genuinamente brasileira, partindo da semana de arte moderna de 1922 em São Paulo, transformando radicalmente a forma de se fazer arte no Brasil e do Brasil, no campo político as oligarquias se desgastavam, e o mundo se transformava com o final da primeira guerra mundial, onde fábricas de fundo de quintal se esforçavam para suprir a necessidade do mercado interno e exportar, já que a Europa estava começando a se reestruturar (reconstruir). Durante toda a República Velha a prosperidade do Brasil dependia diretamente dos lucros com a produção do café. A Crise de 1929 fez caírem as exportações de café, enfraquecendo a oligarquia do café com leite, esse foi auge do desgaste das oligarquias. O golpe de 1930 leva Getúlio Vargas à presidência da república.

Em 9 de julho de 1932 os paulistas cansados de esperar a decisão de Vargas para a convocação da assembleia constituinte, e não só pela constituição, mas também por terem seus poderes diminuídos e suas mãos atadas, já que o interventor indicado por Vargas não era paulista e era militar, foram as ruas, perderam no conflito militar, mas conseguem retirar o interventor militar e substituí-lo por um civil paulista, além da convocação para a assembleia constituinte, que ocorre em 3 de maio de 1933.

São características da Constituição de 1934: 
1- A manutenção dos princípios básicos da carta anterior, ou seja, o Brasil continuava sendo uma república dentro dos princípios federativos, ainda que o grau de autonomia dos estados fosse reduzido; 
2 – A dissociação dos poderes, com independência do executivo, legislativo e judiciário; além da eleição direta de todos os membros dos dois primeiros. O Código eleitoral formulado para a eleição da Constituinte foi incorporado à Constituição;
3 – A criação do Tribunal do Trabalho e respectiva legislação trabalhista, incluindo o direito à liberdade de organização sindical; 
4- A possibilidade de nacionalizar empresas estrangeiras e de determinar o monopólio estatal sobre determinadas indústrias; 
5- As disposições transitórias estabelecendo que o primeiro presidente da República fosse eleito pelo voto indireto da Assembleia Constituinte.
A Constituição de 1934 também cuidou dos direitos culturais, aprovando os seguintes princípios, entre outros: 
  • O direito de todos à educação, com a determinação de que esta desenvolvesse a consciência da solidariedade humana;
  • A obrigatoriedade e gratuidade do ensino primário, inclusive para os adultos, e intenção à gratuidade do ensino imediato ao primário;
  • O ensino religioso facultativo, respeitando a crença do aluno;
  • A liberdade de ensinar e garantia da cátedra.
A Constituição de 1934 ainda garante ao cidadão:
  • Que a lei não prejudicaria o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; 
  • O principio da igualdade perante a lei, instituindo que não haveria privilégios, nem distinções, por motivo de nascimento, sexo, raça, profissão própria ou dos pais, riqueza, classe social, crença religiosa ou ideias políticas; 
  • A aquisição de personalidade jurídica, pelas associações religiosas, e introduziu a assistência religiosa facultativa nos estabelecimentos oficiais; 
  • A obrigatoriedade de comunicação imediata de qualquer prisão ou detenção ao juiz competente para que a relaxasse e, se ilegal. requerer a responsabilidade da autoridade co-autora; 
  • O habeas-corpus, para proteção da liberdade pessoal, e estabeleceu o mandado de segurança, para defesa do direito, certo e incontestável, ameaçado ou violado por ato inconstitucional ou ilegal de qualquer autoridade; 
  • A proibição da pena de caráter perpétuo; 
  • O impedimento da prisão por dívidas, multas ou custas; 
  • A extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião e, em qualquer caso, a de brasileiros; 
  • A assistência judiciária para os desprovidos financeiramente; 
  • Que as  autoridades a emitam certidões requeridas, para defesa de direitos individuais ou para esclarecimento dos cidadãos a respeito dos negócios públicos; 
  • A isenção de impostos ao escritor, jornalista e ao professor; 
  • Que a todo cidadão legitimidade para pleitear a declaração de utilidade ou anulação dos atos lesivos do patrimônio da União, dos Estados ou dos Municípios;
  • A proibição de diferença de salário para um mesmo trabalho, por motivo de idade, sexo, nacionalidade ou estado civil;
  • Receber um salário mínimo capaz de satisfazer à necessidades normais do trabalhador;
  •  A limitação do trabalho a oito horas diárias, só prorrogáveis nos casos previstos pela lei;
  • A proibição de trabalho a menores de 14 anos, de trabalho noturno a menores de 16 anos e em indústrias insalubres a menores de 18 anos e a mulheres;
  • A regulamentação do exercício de todas as profissões.

Em 1934, Getúlio Vargas, depois de quatro anos governando provisoriamente, promulgou a Constituição, que contemplava: Sistema secreto de votação, fator que favorecia eleições mais justas. Direitos trabalhistas, antes dele não existiam no Brasil. Permissão de voto para as mulheres. Criação da Justiça do Trabalho.

Um golpe de estado dado pelo governo de Getúlio Vargas em 1937 deu origem ao chamado Estado Novo, quando se implantou uma nova constituição e um regime autoritário, transformando o presidente provisório em ditador, transformando a política de um regime de transição, que prometia a restauração da democracia, para um governo que perseguia opositores e promoveu intensa centralização do poder. A justificativa para o Golpe de 1937 foi um suposto Plano Cohen, uma alegada conspiração comunista internacional para derrubar o governo. A Constituição autoritária do Estado Novo recebeu a alcunha de Constituição Nazista, uma vez que se baseava no autoritarismo constitucional vigente na Alemanha. Getúlio Vargas utilizou de forma intensiva a propaganda governamental para promover positivamente sua imagem, enquanto censurava e perseguia opositores. Foram incentivadas apenas as manifestações favoráveis ao governo. Todo o poder estava concentrado nas mãos do presidente.

A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) foi criada para suplantar um mercado de trabalho autorregulado e profundamente injusto, no qual os trabalhadores ficavam sujeitos a diversos abusos por parte dos empregadores.

O governo do Estado Novo, sob o comando de Getúlio Vargas, oscilava em sua política externa, pois simpatizava com os governos autoritários da Itália e da Alemanha, mas acabou por se aproximar dos Estados Unidos na década de 1940, fechando diversos acordos comerciais com empresários e governo americanos. Assim, quando em 1942 submarinos alemães atacaram navios mercantes brasileiros, Vargas pôs fim à neutralidade e declarou sua adesão ao bloco aliado. Com essa adesão, o governo conseguiu angariar investimentos americanos para a criação da CSN, Companhia Siderúrgica Nacional, em troca da cessão do arquipélago Fernando de Noronha para a instalação de bases navais norte-americanas.

A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial resultou de um alinhamento com os Estados Unidos, depois de período de relativa autonomia e oscilação ideológica em relação aos blocos em confronto. Como o Brasil lutou ao lado dos aliados e mantinha estreitos vínculos com os Estados Unidos, que combateram os regimes autoritários na Europa, era contraditório que Getúlio continuasse mantendo o Brasil sob um regime ditatorial e de exceção. Assim, as acusações dos opositores de Getúlio não cessaram de crescer, e os clamores por um regime mais aberto e democrático foram muito fortes, até que Getúlio aceitasse o fim de seu governo e convocasse eleições em 1945.

Getúlio Vargas foi um governante que atraiu muitos seguidores, mas também conseguiu diversos críticos. Dentre as frases da época sobre Getúlio, uma muito conhecida era a que dizia que “Getúlio Vargas é mãe dos ricos e pai dos pobres!”. Pois, Com o discurso demagogo e populista, Vargas tentava mediar os conflitos entre as classes sociais, mas efetivamente não resolvia.

Por fim Na madrugada do dia 5 de agosto de 1954, ocorreu um crime na rua Tonelero, no bairro de Copacabana, Rio de Janeiro, que viria a mudar a história do país.

Na rua mal iluminada, o farol de um carro anunciava a chegada do jornalista e político Carlos Lacerda a sua casa depois de um comício realizado no pátio do Colégio São José. Ele estava acompanhado do seu filho Sérgio e do segurança Rubens Florentino Vaz, major da Força Aérea Brasileira, um dos seguranças de um grupo de oficiais da Aeronáutica que lhe garantiam proteção após sofrer algumas ameaças. Ao estacionar o carro na frente da sua casa, o pequeno grupo foi interceptado por dois homens armados que dispararam contra ele e contra o seu segurança, que lutou com o agressor numa tentativa frustrada de desarmá-lo. Os dois ainda atiraram no guarda municipal, Sávio Romero e fugiram em seguida de táxi. Lacerda ficou ferido, atingido por um tiro que acertou de raspão o seu pé, já o Major não teve a mesma sorte e morreu a caminho do hospital.

No dia seguinte, o jornalista publicou no jornal “Tribuna da Imprensa”, no seu editorial relatando a emboscada que sofrera e acusando o seu opositor, Getúlio Vargas.

Uma investigação foi feita para tentar saber de qual arma os disparos haviam sido feitos. Além disso, Sávio Romero havia anotado o número da placa do táxi, e não demorou muito para se chegar a Nelson Raimundo de Souza, o dono do veículo que se apresentou a delegacia e contou tudo que sabia. Descobriu-se também que o tiro partira de uma calibre 45, a mesma arma usada de forma privada pelas Forças Armadas. O cerco apertou e em menos de uma semana três pessoas foram apontadas como suspeitos: Alcino João Nascimento, Climério Euribes de Almeida e Gregório Fortunato. Eles ocupavam o cargo de guarda pessoal de Getúlio Vargas, sendo que o último era o chefe da guarda e ainda guarda-costas.

A pressão só aumentou, os militares não engoliram o assassinato de um dos seus colegas e Lacerda atacou com unhas e dentes Getúlio, seguido pelos antigetulistas. Eles pediam que o presidente renunciasse ao cargo. No dia 23 de agosto, depois de uma reunião com os ministros no Palácio do Catete, Getúlio decidiu entrar em licença, só ocupando o cargo depois de que todo este episódio fosse esclarecido. O acordo não durou nem duas horas, os militares não aceitaram a licença, eles queriam mesmo a renúncia. Getúlio disse que só sairia do poder morto, e foi de fato o que fez, ainda naquele dia, ouviu-se tiro, o presidente havia se suicidado com um tiro no peito.